Para mim, ser médico é muito mais do que deter um conhecimento que se aprende na faculdade. Lembrando meus anos como acadêmico, penso que estudava muito para voltar logo ao Rio de Janeiro, onde nasci e me criei. Esse estudo intenso, que ainda não me conectava profundamente com a profissão, no entanto, me destacou e me fez passar para um estágio no Hospital Miguel Couto. Foi ali que, trabalhando junto à equipe, aprendi a ser médico.
O conhecimento que então desenvolvi me faz tratar indivíduos, não doenças. Desta perspectiva, trabalho junto à minha equipe, para minha equipe e, ainda que desempenhe uma função de liderança, não perco de vista a simplicidade. Estou ali para fazer o que for necessário.
Na escola, me interessava por Biologia. Dentre as opções, imaginando como gostaria de trabalhar no futuro, optei pela Medicina. Mudei-me para Teresópolis, onde me formei pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Durante a faculdade, cogitei a Cirurgia Plástica, mas a Neuroanatomia, estranhamente, me acompanhava. Fui monitor da disciplina por diversos semestres e, quando pensava em trocar de área, os horários se alinhavam para que eu continuasse nela. Ao mesmo tempo, estagiando na Emergência, os pacientes neurológicos começaram a chamar minha atenção. Foi assim que a Neurocirurgia me escolheu.
Conforme comecei a trabalhar, desempenhei muitas cirurgias de coluna, para além do meu interesse constante pela cirurgia de crânio. Por isso, e pelo modo como me inseri na equipe, desenvolvi proficiência nas duas técnicas.
Em seguida, fui convidado a chefiar o serviço do Hospital Getúlio Vargas, cargo que desempenho até hoje. Esta atribuição é motivo de orgulho para mim. Lidero uma equipe unida, através do respeito e do amor pela profissão.
São muitos os sonhos que já pude realizar: participei de cirurgias complexas, desenvolvi conhecimento teórico e habilidades técnicas. Aprendi, simultaneamente, a Medicina e a ser médico. Participei de diversos congressos, trabalhei em vários hospitais, tive a oportunidade de ser orientado por profissionais conceituados e de trabalhar com eles. Por isso, sempre levo em conta o ensinamento do cientista que, depois de realizar uma descoberta incrível, não deixa de dizer: “se vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”.
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